quarta-feira, 8 de março de 2017

Feliz dia das mulheres!


Hoje é dia das mulheres e como não poderia deixar de ser temos que fazer nossa homenagem às mulheres mais fodásticas dos games com uma listinha básica sem ordem de importância e favoritismo, mas vale um pequeno adendo: nesta lista não estão incluídas apenas protagonistas, porque protagonistas podem ser bem inúteis se não forem bem cuidados, mas são personagens com importância e relevância, tanto dentro do game, ajudando os personagens, contribuindo para que a narrativa flua naturalmente, quanto fora dos games, transmitindo uma bela mensagem ou tornando-se ícones da indústria, enfim, mulheres fodásticas.


Chun-Li (Street Fighter)


A primeira, é claro, tinha que ser a Chun-Li, não só pelo seu potencial onanístico, mas pela sua importância história dentro da indústria dos videogames. Apresentada em Street Fighter II, no longínquo ano de 1991, é a primeira personagem feminina a figurar num jogo de luta, o que não é uma grande quebra de tabu para a época, visto que personagens femininas já tinham uma representação forte nessa época, principalmente no cinema chinês (sim, seus feministos, assistam mais filmes antes de falar mal dos filmes!), de onde saiu a inspiração para se criar a personagem.

Samus Aran (Metroid)


Outra personagem feminina de importância história é a Samus Aran, protagonista da série Metroid. Lançado em 1986 para ser uma amálgama do gameplay de Mario com o de The Legend of Zelda e fortemente influenciado por elementos de ficção científica, Metroid tornou-se uma das franquias mais queridas pelos fãs de videogame, que começam o jogo no papel de Samus Aran, uma caçadora de recompensas intergaláctica loira, com mais de 1,90m de altura e que passa o jogo todo explorando o planeta Zebes, destruindo piratas espaciais e formas de vida alienígenas perigosas. 

Mas o seu gênero só é revelado no final do jogo, uma decisão tomada casualmente, que teve um forte impacto na forma como os jogadores iriam encarar as mulheres nas décadas seguintes.

Lara Croft (Tomb Raider)


Completando o panteão principal de mulheres mais fodásticas dos videogames, um dos exemplos mais antigos e bem sucedidos de protagonistas femininas é Lara Croft, a arqueóloga mais foda dos videogames. Ela foi intencionalmente criada para ser uma quebra de paradigma, com um tom de pele mais escuro (apesar de ser inglesa), uma atitude aventureira, inteligência superior a de todos os personagens masculinos na série e aparecer sempre suja e suada. 

Isso é interessante, porque poderia ter sido um belo dum tiro no pé, mas Lara Croft acabou tornando-se um ícone dentro e fora dos games, sendo até capa de revistas cujo conteúdo nada tinha a ver com videogames, em parte isso se deve também à época em que ela foi criada. Lara Croft, ao contrário de Chun Li e Samus Aran, foi criada na era da modelagem 3D, que aproximava sua aparência da realidade, apesar da tecnologia defasada de seu primeiro jogo.

Jill Valentine (Resident Evil)


Uma das franquias de terror mais bem sucedidas dessa indústria, tem uma mulher como uma de suas protagonistas. Jill Valetine é uma Agente de Operações Especiais da Aliança de Avaliação de Bioterrorismo, da qual é co-fundadora e antes disso foi parte do exército estadunidense, sendo membro da equipe de treinamento da Força Delta e integrante da equipe Alpha da STARS. Embora todos esses nomes sejam fictícios, são equipes fodas dentro do universo do game, tornando ela uma espécie de James Bond com espírito de Dirty Harry, enfim, uma mulher fodona!

Tifa Lockhart (Final Fantasy VII)


Tifa Lockhart é membro do grupo eco-terrorista Avalanche, é dona de um bar, expert em artes marciais e é a protagonista feminina do jogo mais vendido da franquia Final Fantasy, tornando-se um dos ícones da indústria dos videogames, é uma das primeiras mulheres fortes a serem criadas na era da modelagem 3D, ao lado de Lara Croft.

Bayonetta (Bayonetta)


Tão protagonista que até o jogo leva o nome dela. O jogo é protagonizado por Cereza, também chamada de Bayonetta, uma das duas bruxas Umbran, capaz de se metamorfosear, usar diversos tipos de arma, ataques mágicos e ainda invocar demônios com os seus maravilhosos cabelos.

Lucina (Fire Emblem: Awakening)


Lucina é uma das três protagonistas de Fire Emblem:Awakening, filha de Chrom do futuro, ela tem a marca de Naga no seu olho esquerdo, é uma princesa com um forte senso de justiça, que acredita que salvar o mundo é a sua missão. Seus status podem variar conforme o modo como você decide prosseguir com o jogo, mas de uma maneira geral, ela começa de maneira bem simplória, mas com uma taxa de crescimento bem alta, tornando-a um personagem extremamente forte.

Bonnie McFarlane (Red Dead Redemption)


O primeiro aliado de John Marston, o pistoleiro buscando redenção no clássico jogo de faroeste da Rockstar, é uma mulher, Bonnie, filha do rancheiro Drew McFarlane e passou a vida inteira cuidando do rancho ao lado de seu pai. Irmã de seis homens, cinco deles morreram por doenças ou escolhas estúpidas, o seu único irmão vivo virou banqueiro em Manhattan, sendo assim, Bonnie diz que é seu papel tornar-se o “homem” do rancho da família.

Agnés (Bravely Default)


Um dos jogos mais criativos para 3DS tem como protagonista a “vestal” do vento, Agnès Oblige, que é a única a perceber que o mal está se aproximando do mundo e corre atrás de companheiros para a ajuda-la na aventura que está para se iniciar. É a principal personagem jogável do jogo, sem ela, a narrativa não teria sentido, sua personalidade doce e corajosa, é apaixonante e, dentro do jogo, é uma das personagens mais fáceis de se evoluir.

Elena (Uncharted)


Criada para ser a versão feminina do protagonista de Uncharted, Nathan Drake, Elena Fisher é uma ex-jornalista, apresentador de TV e celebridade, interessada em história, aventureira e par romântico de Nathan, com quem se casa e acaba por ter uma filha com ele, Cassie. Presente em todos os jogos da franquia, é muito legal acompanhar o seu desenvolvimento como personagem, que não funciona apenas como um auxiliar do personagem principal, mas apresente a sua própria história, com suas nuances, dramas e ritmo.

Kissy (Baraduke)


Tido como o exemplo mais antigo de protagonista feminina nos videogames, Masuyo “Kissy” Tobi de um jogo obscuro pra caramba desenvolvido pela Namco e lançado pra Arcades no Japão em 1985, depois foi lançado pra Playstation numa dessas edições comemorativas que tem vários jogos juntos e mais tarde pra Xbox 360 e Wii U no “Namco Museum: Virtual Arcade” e “Virtual Console”, respectivamente. Pela sua importância histórica (e pra essa lista ganhar ares de “cult”), Kissy merece um lugar aqui.

Alys Brangwin (Phantasy Star IV)


Além de ser um personagem jogável, Alys é a mentora do personagem principal de Phantasy Star IV, ou seja, sem ela, possivelmente não existiria jogo ou, se existisse, seria um jogo bem diferente. Ela é uma caçadora de renome dentro do jogo e assim que ela entra para o seu time, ela tem um level alto (comparativamente falando), com uma lista de status bem alto, que vão ficando mais equilibrados, conforme você avança no jogo, excetuando sua agilidade, que permanece alta até o final.

Sophitia (Soul Edge)


Aparecendo logo no primeiro jogo da série “Soul”, Sophitia é uma guerreira ateniense que não queria ser guerreira. Filha de padeiros, sua vida muda quando ela encontra o deus Hefesto, que lhe incumbe com a missão de destruir a Soul Edge, uma poderosa, que se fosse descoberta traria grande vergonha ao nome do deus grego. Sophitia, mesmo tendo uma origem humilda, torna-se uma nobre guerreira e é descrita como honesta, benevolente, fiel, altruísta e valente.

Princesa Zelda (The Legend of Zelda)


A princesa Zelda não é uma personagem, especificamente, mas o nome dado às mulheres da família real de Hyrule, sendo, talvez, o equivalente a Cesar dentro do universo dos jogos. Ela já aparece logo no primeiro jogo, onde o protagonista, Link, deve resgatá-la das garras do vilão Ganon, ou seja, ela é a típica “princesa em perigo”, papel muito criticado por feministas hoje em dia, que não entendem que esse também é um papel importante dentro dos jogos, aliás, o mais importante, ainda que de forma passiva. 

Mas não é tão simples assim, os jogos da franquia “The Legend of Zelda” contém uma extensa mitologia, onde as mulheres da família real de Hyrule desempenham um papel extremamente importante, associadas a parte da Triforce equivalente a sabedoria, sem a princesa Zelda, Link nunca conseguiria derrotar as forças do mal dentro dos jogos. É uma das princesas mais icônicas do mundo dos games e, provavelmente, a que desempenha o papel mais importante dentro de seus jogos e a que tem a mitologia mais extensa,) explorada e abusada dos games.

Mayna (Legacy of the Wizard)


E pra completar a lista, uma das mães mais fodásticas do videogame (porque mãe também é mulher), Mayna, a matriarca da família Drasle, os protagonistas do quarto jogo da franquia Dragon Slayer, “Legacy of the Wizard”. Mayna merece um lugar nessa lista não só por ela ser uma mãe, mas também por ser uma mãe e ser uma das protagonistas do jogo! 

Geralmente, mães nos videogames servem apenas como inspirações para os personagens principais seguirem suas jornadas ou como válvulas de escape para referências freudianas no roteiro ou simplesmente como curandeiras para o protagonista, que volta pra casa, deita na cama e recupera sua energia, mas Mayna vai além. 

Além de ser um personagem jogável, ela é o único membro da família que pode usar magia, ou seja, você vai ter que usar ela no jogo e ela vai desempenhar um papel importante dentro dele, independente de como você decida prosseguir com sua jornada. No jogo, acompanhamos a família Drasler na tentativa de destruir um dragão antigo chamado Keela, preso numa pintura, que está escondida num labirinto.


E essa é a listinha, sem ordem de importância, sem ordem de favoritismo, se faltou alguma mulher (e eu tenho certeza que faltou), deixe um comentário, pois nós temos muitos exemplos de mulheres dentro dos jogos, com sua importância narrativa e até mecânica e sua importância fora dos jogos, histórica e social.


Feliz dia das mulheres!

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