segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Review - Resident Evil: Apocalypse


Após o sucesso de público da primeira adaptação hollywoodiana de Resident Evil, uma sequência estava por vir sem dúvidas, o filme anterior até deixou isso claro, mal sabíamos na época que essa porcaria ia render mais 4 filmes.

Dessa vez, Paul W.S. Anderson sai da cadeira de diretor, pois estava estragando duas outras franquias com Alien vs Predador, mas continua como escritor e produtor, enquanto na direção, temos o diretor estreante Alexander Witt, que trabalhou como operador de câmera e diretor de fotografia, e certamente ele deve ser melhor nisso do que diretor.

Apesar de algumas mudanças, Apocalypse continua na mesma linha do "universo cinematográfico" de Resident Evil criado pelo Anderson, ou seja, uma bosta.


Nemesis lamentando sua presença no filme

Voltando para o universo do filme, no final de O Hóspede Maldito, Alice (Milla Jovovich) acorda em um hospital em Raccoon City, saindo de lá, encontra a cidade vazia devido a infestação do T-Virus, que transforma os mortos em zumbis, então ela escapa de lá e vai se armar para enfrentar essa ameaça.

Enquanto isso, Jill Valentine (Sienna Guillory), uma policial envolvida em umas tretas que o filme não explica, tenta sair da cidade junto com o resto da população, a evacuação está sendo feita pela Umbrella, que ao ver que o nível da infecção está incontrolável, fecha o único caminho seguro e manda a população voltar pra cidade e se virar com a zumbizada.

MAS TAMBÉM, em outro canto da cidade, Carlos Oliveira (Oded Fehr) e seu esquadrão que fazem parte da Umbrella, estão matando zumbis para tentar controlar a situação da infecção. ALÉM DISSO, o Dr. Ashford, um cientista cadeirante e criador do T-Virus, é escoltado para um local seguro, ENQUANTO ISSO, um caminhão vindo do além bate no carro da Umbrella que estava escoltando sua filha Angela Ashford.

Ashford localiza sua filha na escola da cidade e entra em contato com Alice, Jill e Carlos, pedindo para que resgatem a garota e garantam um lugar seguro para ela, PORÉM, não será algo fácil, pois a Umbrella libera na cidade o Nemesis, um monstrego que sai por aí caçando o esquadrão da S.T.A.R.S. e a Alice.


A história é uma mistura do Resident Evil 3: Nemesis com uns outros elementos da série, como o Dr. Ashford, menção a família Ashford de Code Veronica, que não tem nada haver com os personagens dos jogos, assim como o Carlos Oliveira do filme, que é tão parecido com o Carlos do jogo quanto eu sou parecido com o Nemesis.

É claro que muita coisa está ali pelo fan-service, que apesar ser mal feito, é óbvio que o filme é feito pra quem conhece os jogos, é mostrado que a Jill é uma policial com má fama pela cidade e o Nemesis está perseguindo ela e a unidade S.T.A.R.S, motivo? Foda-se, quem conhece o jogo sabe, mas o filme não faz questão de explicar muito disso.

Dos aspectos adaptados, acho que só a Jill ficou decente, não que seja um show de atuação e nem nada, mas a Sienna Guillory foi uma boa escolha, ela até imita alguns trejeitos do personagem dos jogos, certamente, serviria como uma protagonista bem melhor que a Milla Jovovich.

O exato momento onde tudo foi pro caralho.

Independente da fidelidade a franquia, o filme até que começa bem, é realmente uma situação de "survival horror", os personagens são legais até, melhores que o anterior ao menos, dá pelo menos pra dizer que ia ser um filme decente, mas isso é mandado jogado fora no momento que a Alice entra de moto pela vidraça da igreja onde a Jill, seu amigo policial e uma jornalista estão tentando sobreviver a um ataque de lickers, a Alice joga a moto em direção ao licker, que por algum motivo, sai voando na vertical junto com a moto e manda tiros em slow-motion que explodem a moto. Aí o filme vira bagunça.

A Alice agora recebeu uns implantes da Umbrella e agora virou o Jesus 3000 Matador de Zumbis, com o incrível poder do slow-motion e negar leis da gravidade. Isso rende umas cenas absurdamente ridículas e risíveis, e outras simplesmente ruins, como a luta mano-a-mano entre a Alice e o Nemesis, com 20 cortes em menos de 10 segundos e o Nemesis parecendo um bonecão de borracha vendido no camelô.

Sienna Guillory não merecia esse filme

Resident Evil: Apocalypse até tem potencial de ser um filme minimamente legal, pena que é estragado pela galhofice de querer ser um filme de ação "mega radical, bro!", se as absurdas cenas de ação fossem boas, até que ia, mas são só ridículas mesmo. 

É um filme ruim, mas é aquele ruim que dá pra ver num domingo de noite na Record (que deve ser onde passa essas tranqueiras) e dar umas risadas. Ele é até melhor que o primeiro em termos de história e personagens, mas é um desperdício de qualquer forma, e, infelizmente, não foi o fim dessa franquia, que conseguiu o magnífico feito de piorar.


Nota: 4

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