quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Review - Metroid: Samus Returns


Após o fim da conferência da Nintendo na E3, onde foi apresentado Metroid Prime 4 para o Switch, começou a Treehouse e do nada apresentam um outro Metroid para o 3DS, com o adequado nome de "Samus Returns", com estilo de seus jogos plataformas 2D e seria lançado NESSE ANO DE 2017.

Aí todo mundo chorou, se abraçou, cessaram guerras pelo mundo, a humanidade encontrou a paz, então mostraram que o jogo era desenvolvido pelo estúdio espanhol MercurySteam, que desenvolveu a série de jogos Castlevania: Lords of Shadow, então tudo se perdeu.

Voltando pra realidade, o anúncio de dois novos Metroids agradou aos fãs que já tinham perdido a esperança da Nintendo fazer algo novo na série, não vamos contar com Federation Force e Metroid Blast. O último Metroid que "vale" (mas não vale tanto assim) foi Other M, lançado em 2010, e o último Metroid 2D foi Zero Mission, lançado em 2004.



Metroid: Samus Returns é um remake de Metroid II: The Return of Samus, a ovelha negra dos Metroid 2D, que ganhou um fan-remake bem popular que saiu no ano passado, vale a pena dar uma jogada. Em termos de história, jogo tem uma introdução e só, nada de diálogos alá Metroid Fusion e muitos de Other M, mas foram colocadas algumas cenas para introduzir mecânicas, itens e chefes, algo similar a Metroid Prime.

A história se passa após o primeiro Metroid, a Federação Galáctica manda uma equipe pesquisar o planeta SR388, lar dos Metroids, seres parasitas perigosos criados pela extinta raça Chozo. A equipe desaparece, mas a Federação recebe a confirmação que ainda existem Metroids no planeta e então mandam a caçadora de recompensas Samus Aran para exterminar todos os Metroid restantes. É basicamente o mesmo plot de Metroid II, só que adicionaram mais algumas coisas pra conectar melhor com os outros jogos da série.


Apesar de classificar o jogo como um Metroid 2D, Samus Returns é o primeiro dessa linha que usa gráficos 3D, tanto no sentido dos gráficos poligonais quanto de você poder jogar usando o 3D do 3DS. Aliás, não joguei muitos jogos do 3DS usando o 3D pra comparar, mas esse tá bem caprichadinho.

O jogo não é graficamente impressionante e não chega a ser tão bonito e colorido assim como os Metroid de GBA, e muito menos similar ao clima sombrio e misterioso de Super Metroid. O que não impede SR388 de ter uma atmosfera bem "Metroid", mas deixa a desejar não só no visual como na trilha sonora. Apesar de ter sido composta por Kenji Yamamoto, compositor de Metroid Prime, não achei faixas muito boas, fora alguns dos arranjos de temas já conhecidos da série.


Samus Returns tem o básico de todo Metroid, você tem que sair por aí explorando, conseguindo updgrades que permitem acessar novas áreas que antes eram inacessíveis e enfrentar uns bichos, o básico de todo Metroidvania. A diferença desse jogo é que há um contador dos Metroids que você precisa eliminar no planeta, e estátuas que requisitam você matar um determinado número de Metroids para poder avançar para próxima área.

Além de mísseis, bombas e etc, Samus possui duas novas "técnicas", Free Aim, onde ela fica parada e permite que o jogador mire em qualquer direção e o Melee Counter, um golpe físico que pode empurrar seus inimigos, destruir alguns projéteis e o mais importante, contra-atacar algum golpe do inimigo, deixando ele atordoado e já deixando sua mira nele pra mandar bala, e também permitindo algumas cenas e mudanças de câmera na hora da luta contra chefes, lembrando o combate físico do Other M.

Os inimigos são mais agressivos e mais resistentes, fazendo que o Melee Counter seja útil até demais, mas raramente é obrigatório o uso dele. Demorei um tempo pra me acostumar com essa mecânica, assim como os controles do 3DS, pois só é possível controlar a Samus no analógico, o que estranho pra quem sempre jogou Metroid no D-Pad, seria legal ter como escolher os controles, mas agora o D-pad tem outra utilidade, as Aeion Abilities.


Aeion Abilities são 4 novos upgrades que usam a barra de Aeion, eles são: Scan Pulse, que revela blocos que podem ser quebrados e o mapa ao seu redor; Lighting Armor, uma "armadura de energia" que protege contra diversos tipos de dano e aumenta o alcance do Melee Counter; Beam Burst, disparo de uma "paredona" de tiros em alta velocidade; e Phase Drift, que deixa tudo em câmera lenta menos a Samus.

Essas Aeion Abilities são necessárias em algumas partes para avançar o jogo e adquirir alguns itens, mas no geral, eles tem o objetivo de facilitar o jogo, não que isso seja ruim, pois esse é o Metroid mais difícil em termos de combate.


Como mencionado, os inimigos são mais agressivos e fortes, dão um dano considerável e algumas bossfights são inevitáveis que você morra até descobrir como se vence o chefe, mas também são muito divertidas, provavelmente as melhores bossfights de toda série estão nesse jogo, até as lutas contra os Metroids e suas evoluções são legais e variam entre si. Provavelmente você vai sair com os dedos doendo após os chefes mais difíceis, mas como é satisfatório vencer esses malditos.

E não só o combate ficou mais "dinâmico", a exploração do mapa também. As saverooms não existem mais, agora tem uma savestation no meio do cenário, os terminais pra recuperar energia e recarregar munição também, assim como as novas Teleport Stations, que facilitam o backtracking para fechar o jogo com 100% dos itens.


Uma arte legal após essas screenshots de baixa resolução do 3DS.
Fonte

Após anos sem jogos e aniversários esquecidos pela própria Nintendo, Samus está de volta e de forma digna, esse Metroid só confirma como essa franquia faz falta, por mais que saiam diversos jogos indies Metroidvania, nada substitui a melhor caçadora de recompensas da galáxia.

Metroid: Samus Returns é um ótimo remake, por mais que não seja tão bonito e imersivo quanto os outros jogos da franquia, as novas mecânicas são muito bem implementadas, principalmente o combate. A união da Nintendo e MercurySteam gerou um nova luz para Metroid, que espero que seja base para os futuros jogos da série.

Nota: 8

Nenhum comentário:

Postar um comentário