quinta-feira, 22 de junho de 2017

Review - Resident Evil: O Hóspede Maldito


Voltando aos anos 90, diversas franquias de games populares da época tinham uma cara mais "cinematográfica" (com certeza mais que Super Mario Bros e Street Fighter), Resident Evil era um desses jogos. Imagina: zumbis, terror, tiroteio, plot twists, atores ruins, tudo perfeito pra virar um filme, e tentaram. 

Desde 1999 um filme de Resident Evil já tinha sido aprovado pra virar um filme. George Romero, conhecido como o "criador do zumbi moderno", o cara responsável por popularizar o zumbi que conhecemos, amamos e já enjoamos hoje em dia, esse era o cara que deveria dirigir e roteirizar, mas não curtiram o script dele. Mas sem stress, chamaram Paul W.S. Anderson no lugar, diretor sensacional que fez... hã... Mortal Kombat? Ah sim, um filme de videogame de qualidade questionável que fez sucesso, então tá tudo bem!

Bem... Todo mundo já sabe que esses filmes são umas merdas, como quase todas adaptações cinematográficas de jogos. Resident Evil foi lançado lá em 2002, lembro de que o negócio da época era copiar Matrix, filmes de terror e comédias. Resident Evil tem tudo isso, do jeito errado, é claro.



O filme se passa num laboratório de pesquisa subterrâneo que fica embaixo de Raccoon City. Esse laboratório é chamado de a Colmeia e pertence a empresa farmacêutica Umbrella, que também é envolvida na criação de armas biológicas, que são desenvolvidas nesse laboratório.

Um dia dá uma merda na Colmeia, um vírus que estava sendo desenvolvido é liberado no local e a "Rainha Vermelha", uma inteligência artificial que controla o local, pira e mata o pessoal que foi infectado, sim, é tipo um Hal-9000 do Paraguai.

Sem saber da infecção, a Umbrella manda um esquadrão militar para verificar o ocorrido, se infiltrando através de uma mansão que era uma faixada para entrar na Colmeia, lá acham a Alice (Milla Jovovich), antes de virar Jesus 3000 Matador de Zumbis, o marido dela e um repórter que estava investigando a Umbrella. Então o esquadrão e esse pessoal vão investigar a Colmeia.

CG merda, com certeza a BOW mais terrível de todas.

Resident Evil: O Hóspede Maldito (quase me esqueço de mencionar o subtítulo excelente que colocaram aqui no Brasil) tem até um clima de terror decente, mas tem tantas convenções de filme de terror dos anos 2000 que quebram a vibe. Ele é cheio de jumpscares safados e mortes avulsas dos personagens, fora as cenas de ação que são bem "meh" no geral e com alguma "MATRIXZADA" aqui e ali, nada de tão absurdo como podemos ver mais tarde na franquia, mas acabam deixando o filme chato.

Acho que as cenas que mais merecem destaque são a do corredor com os lasers do inferno, que é repetida em outros filmes da série, e o chute em slow-motion no cachorro. Ambas cenas começam como algo mais tenso e acabam virando algo tão ridículo que garantem uma risada.

Os personagens são ruins, tirando a Rain, soldada "casca-grossa" da Umbrella, interpretada pela Michelle Rodriguez, que está interpretando ela mesma como sempre, a própria Alice é um personagem chato, a Milla Jovovich é uma atriz de merda e tá sempre com a mesma cara de paisagem. Não que o jogo tenha personagens mega carismáticos e profundos, mas eles são o suficiente para os fãs se importarem, ninguém se importa com a Alice mesmo após 6 filmes, tirando o Paul W. S. Anderson, mas ela é a waifu dele (tanto na vida real quanto nos filmes), então não conta.

Mila prepara sua escopeta pra estragar as adaptações de sua franquia de jogos favorita.


Como adaptação, O HÓSPEDE MALDITO pega um monte de ideia dos jogos e faz uma misturona que acaba dando certo em alguns aspectos e errando em muitos. O filme lembra Resident Evil, só que numa roupagem mais "anos 2000", que acaba deixando o filme meio que "mais um filme de terror merda" da época.

Esse é o filme mais contido da franquia e comparado a outras adaptações de jogos, ele até passa. O maior problema é que ele é chato, a história até é interessante, mas no meio de tanto personagem descartável e cenas entendiantes, o filme não consegue chamar a atenção, é só um desperdício de uma boa ideia, mas vale dar uma assistida, tá lá no meio de um milhão de filmes da Netflix.

FELIZMENTE, não parou aí, e tivemos mais 5 filmes que abraçaram a tosqueira e ação descerebrada, rendendo muitas cenas ridículas, risadas e milhões pro estúdio e pro casal fanfiqueiro filho da puta. Mas isso é papo pra outras reviews.


Nota: 4

Nenhum comentário:

Postar um comentário