terça-feira, 7 de março de 2017

Review - Gravity Rush Remastered


Antes da Sony ignorar a existência do seu portátil, a Sony Interactive Entertainment Japan Studio lança um jogo que me chamou muito atenção, a arte era bonita, as funções de touch e giroscópio do PSVita estavam sendo bem utilizadas e a proposta de controlar a gravidade era muito bacana.

Como o título já diz, esse jogo é Gravity Rush.

Visto que o PSVita é um portátil esquecido, a Sony resolve dar uma polida e lançar Gravity Rush Remastered pro PS4 e assim permitindo que mais do que 5 pessoas joguem, e também preparando terreno para Gravity Rush 2.


Em Gravity Rush, você controla a carismática Kat, uma jovem que recebe poderes de manipular como a gravidade afeta seu corpo, essa habilidade foi fornecida por Dusty, um gato misterioso que acompanha ela. Kat acorda no meio de Heksenville, uma cidade flutuante que se encontra com diversos problemas com tempestades que estão destruindo a cidade e fazendo surgir umas criaturas estranhas chamadas Nevi.


Como Kat é uma pessoa muito legal, ela resolve usar seus poderes para ajudar o pessoal da cidade a sobreviver aos ataques dos Nevis e a recuperar partes da cidade que se perderam na tempestade. No meio dessa jornada, ela vai descobrir mais sobre esses poderes de gravidade, seres místicos, a criação daquele mundo e umas algumas tretas que ocorrem na cidade.

O plot é algo bem básico e tem um desenvolvimento bacana, o jogo consegue te passar diversas situações de um modo bem natural, desde comédia até um suspense, o problema é que ele peca em explicar algumas coisas e foca no lado mais da Kat ser a heroína da cidade, deixando alguns mistérios não resolvidos ou mal resolvidos. 

Reclamo disso pois a história é muito interessante e os personagens são bons, principalmente a Kat, e ficar com muitas questões e poucas respostas é uma pena, provavelmente, Gravity Rush 2 deva resolver alguns mistérios.


Como já mencionado, o mundo e os personagens são muito charmosos, não só pela personalidade, mas pelo visual. A estética de Gravity Rush é baseada em quadrinhos do Moebius, a cidade de Heksenville é inspirada em Paris e Tóquio, possui alguns distritos separados com visuais diferentes e todos são bem bonitos.

E não só a cidade é inspirada em Paris, mas a linguagem falada no jogo é inspirada no francês, só que sem soar tão esnobe, o que adiciona ainda mais no charme à esse mundo, até a música de créditos finais do jogo é cantada nesse idioma estranho. E claro que como eles acertaram em aspectos visuais, não poderiam errar na música, que  varia de o tema calminho de Auldnoir, primeira área do jogo até o animado tema de Pleajeune, lugar onde fica a escola e outros "entretenimentos", e a já mencionada música cantada dos créditos..


Bom, agora vamos pro importante do jogo, a gravidade. Gravity Rush se resume em explorar locais, coletar alguns itens e lutar, Kat utiliza de seus poderes gravitacionais que a permitem "voar", na verdade, é mais um controle de "onde você vai cair", Kat fica sempre de um jeito como ela estivesse caindo na direção que você muda, é um detalhe muito bacana.

Mas fora isso, Kat também pode usar a gravidade pra deslizar em qualquer superfície, gerar campos de gravidade que permitem pegar objetos e arremessá-los, e outras habilidades mais poderosas pro combate que você desbloqueia mais pra frente.

No geral, usar a gravidade é divertido, o maior problema é no combate, e algumas (poucas) missões de stealth, não tem muita variedade no que fazer e há bastante sessões de combate, na metade do jogo já fica bem repetitivo, alguns chefes até deixam mais interessantes, mas não tem muita estratégia, só acertar um ponto do inimigo e deu, ainda bem que o jogo não se estende muito, dá pra completar ele sem ficar extremamente maçante.


Gravity Rush Remastered é um jogo "charmoso" que tem muito mais a oferecer "ain, você pode controlar a gravidade". O mundo e a história tem uma bela harmonia com as mecânicas do jogo, que deixam ele muito especial. 

É visível que o Remastered é bem limitado, já que era um jogo de Vita, porém o maior problema acaba sendo o combate, que acaba ficando monótono. Os defeitos são perceptíveis, mas a apresentação é bem única, pelo menos o bastante para eu não me importar com seus problemas e continuar jogando até o fim.


Nota: 8

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